sábado

Uma miragem...
Oásis recôndito perdido em ilusões de infância. 
Invisível, desenha nas areias a solidão de estar junto,
Uma injúria nascida de úteros estéreis. 
Nem abortada,
Nem deficiente,
Nascida morta, entre ancas de penumbras putrificadas.
Talvez não seja como as folhas que despencam secas das árvores noturnas,
Mas como os rizomas que se alastram sem consciência, 
Arrombando existências sem por quê. 
Sem saída, o único passo torto arriscado é para longe,
Toda distância provada amargamente
Em cada desviar de olhares, em cada tropeço do toque, em cada pequeno esquecimento
É um buraco negro alargando-se infinitamente 
Para que os caminhos se desviem para sempre.